Posted by : Haos Cyndaquil Oct 10, 2015



Capítulo 13
Fora do Perigo

Serena acordou naquele maldito tempo nublado. Um céu triste e fúnebre, que parecia se segurar para derramar as lágrimas que trariam uma tempestade. Por que o tempo estava nublado? Por que estava tudo triste? Ou será que ela apenas enxergava as coisas tristes porque era assim que se sentia? Só ouvia o som abafado das pessoas na rua, Lumiose afora. Ela coçou a cabeça e ficou olhando para o teto até ter coragem de abrir completamente seus olhos. E se Marc a estivesse observando?
Ela levou um susto quando, de fato, alguém a observava. Charlie sentava-se em uma cadeira aos pés da cama, e a fitava. Ele estava com uma aparência cansada, olheiras intensas abaixo de seus frios olhos verdes. Porém, conseguiu sorrir com suavidade ao ver a garota acordada. Agora ouvia também o som do chuveiro, indicando que Calem estava tomando banho.
A menina se levantou e sentou-se ao pé da cama, próxima de Charlie. Ela afundou a cabeça nas mãos e ficou alguns momentos na quietude total. Ele moveu o braço lentamente para se aproximar dela, que afastou o braço dele com um tapa, por impulso. Ambos ficaram se olhando, meio constrangidos. Droga, Serena, ele não queria te machucar.
— Eu disse que ficaria de guarda para que você dormisse. — disse-lhe o rapaz, então.
Serena balançou a cabeça concordando, mas não disse nada novamente. Tantas palavras rondavam sua mente de forma tempestuosa, mas nenhum trovão lhe escapou pelos lábios. A menina se levantou, de forma lenta e gradual. Caminhou até a janela e ficou lá, apenas encarando aquela cidade. Aquelas malditas pessoas. Marc estava lá, em algum lugar.
Charlie surpreendeu-se ao ouvir a voz da menina, pela primeira vez desde o dia anterior. Tão fraca, tão trêmula, que não era Serena.
— Não é seguro ficarmos aqui, Charlie. Não era seguro dormirmos aqui.
Ele aguardou alguns momentos e pensou em dirigir-lhe uma mão no ombro, porém escolheu manter-se à distância.
— O Marc não iria atrás de nós no mesmo dia, princesa. — respondeu Charlie, alongando as costas, que estralaram alto. — Não seria tolo. Ele só irá atrás de nós se retornarmos para cá. — disse, tomando o cuidado para não trocar o “se” por “quando”. — Porém, por via das dúvidas, é melhor sairmos dessa cidade o quanto antes. Vá se trocar para que possamos ir para um lugar novo, sim?
A garota concordou com a cabeça vagarosamente e parou de olhar pela janela. Pegou seus pertences e bateu na porta do banheiro, avisando Calem que queria tomar banho também. Após refletir, Charlie segurou seu pulso. Ela lhe dirigiu um olhar imediatamente. Ele não sabia o que fazer com isso. Não sabia como olhá-la nos olhos.
— Eu disse que Lumiose não era grande coisa, princesa. — ele queria ter um tom de razão, mas sentiu vontade de nunca ter dito aquelas palavras. Serena apenas o encarou por alguns instantes, até baixar o olhar até seu pulso segurado. Charlie instantaneamente a soltou, e a deixou.
 Calem saiu de lá vestido, penteando os cabelos. Procurou um espelho e deslizou o pente pelos fios castanhos úmidos em um movimento concentrado e relaxado. Charlie observou o movimento na janela em silêncio, as pessoas caminhando. Aqueles meros figurantes, que conseguiam andar pelas cidades e seguirem sua vida, como se nada tivesse acontecido. E, de fato, nada acontecera para elas.
Ouviu uma voz quebrando o mórbido silêncio:
— Você errou em nos seguir, Charles. — disse Calem, sem desviar os olhos do próprio reflexo. Quando Charlie tinha se virado, Calem continuava sua tarefa, e parecia como se ele sequer tivesse dito algo.
— O que você…
— Eu sempre soube que era um erro permitir que você viesse conosco. E você quase me fez mudar de ideia, Charles. Quase. — falou Calem, abaixando o espelho e se virando. Por apenas um instante Calem o olhou. Seus olhos acastanhados estavam firmes.
— Por decência eu não o mando embora. — falou, se aproximando. — Mesmo que essa seja minha vontade.
...

O trio olhou para os lados várias vezes, para se certificarem de que ninguém os aguardava. Nenhuma surpresa desagradável. Em seguida, correram pelas ruas movimentadas até encontrarem um arco grande com uma espécie de túnel. Suspiraram aliviados ao chegarem lá. Sequer viraram de costas para ver Lumiose uma última vez. Não tinham essa vontade.
Após cruzarem a entrada/saída, chegaram à Rota 5. Foi como se sentissem um alívio. Não havia barulho de gente andando ou carros buzinando. Ou melhor, o som estava mais reduzido, já que a cidade estava bem próxima. Mas era mais evidente o som dos Pokémons cruzando a grama, e um curioso som de rodas girando.
Desta vez não havia asfalto, os passos tocavam a terra diretamente. A grama fazia barulho ao ser remexida. Aos poucos as energias de Serena retornavam ao estar em contato com a natureza, diferente do estresse das cidades. Estava um silêncio perturbador no trio. Até que Charlie decidira quebrar o silêncio:
— Vocês repararam que o Aldrick e a Katheryn sumiram? Não vejo eles desde uns dois dias atrás.
Alguns passos antecederam a resposta.
— Eles decidiram seguir outro caminho a partir de Lumiose. — respondeu Calem brevemente. — Avisaram anteontem.
 Silêncio.
— Podemos parar um pouco? Eu estou muito cansado. — pediu Charlie.
Serena se virou.
— Acabamos de começar a andar…
Charlie se sentou na grama, esgotado. Do costumeiro saco que carregava nas costas, saiu Pancham, como de praxe, mas desta vez acompanhado de outras duas criaturas. Era o mesmo Skiddo e a mesma Litleo que Serena havia visto no dia anterior.
— Como você fez esses três caberem em sua mochila? — indagou Calem, perplexo.
— Você carrega um kit de sobrevivência na sua. — argumentou Charlie.
Em cheio.
Serena não se sentou, ficou correndo os olhos pela rota, sem dizer nada. Ela ouvia um som que a intrigava: o barulho de rodas girando ainda a intrigava. Seguiu seus ouvidos, que a guiaram até uma depressão da rota, onde claramente não podiam avistar de onde estavam anteriormente. Porém, de cima, Serena viu, na descida da rampa, algo surpreendente.
O chão era coberto de concreto, formando um enorme retângulo colorido. Algumas partes deste variavam o tom e a profundidade, como um espaço para uma piscina, só que sem água. Mais longe, objetos como cones dispostos em série. Guias, que mais pareciam corrimões, faziam Serena acreditar que eram para se apoiar, porém, se surpreendeu ao ver alguém andando encima delas.
Andando não. Os pés não se moviam de um jeito comum. No lugar dos calçados de todas as pessoas lá, estavam sapatos curiosos, com rodinhas na sola. Eles as usavam para deslizar pela pista, onde exploravam os obstáculos distribuídos. Pela primeira vez nos últimos dias, Serena voltou a dar seu sorriso de empolgação.
— Charlie, Calem, venham ver isso! Vocês tem que ver isso! — ela gritava, subindo o morrinho até chegar aos dois, que estavam sentados em silêncio. Assustaram-se ao ouvir o chamado, porém, suspiraram mais que aliviados ao ver a menina saltitando de alegria — Olhem, olhem!
Os três desceram e ficaram observando as pessoas praticarem aquela curiosa atividade — a qual descobririam alguns momentos depois que se chamava “patinar”. — de forma animada. Havia crianças tentando andar em linha reta tanto quanto adultos que faziam acrobacias complexas com os patins.
Serena, obviamente, permitiu que seus olhos recuperassem o brilho ao se deparar com aquele exercício tão diferente do que estava acostumada. Ao verem que a garota estava animada, claramente ambos os rapazes quiseram estimulá-la a se divertir novamente, logo agora que encontraram uma forma.
— Princesa, o que acha de tentar? — sugeriu Charlie.
Serena estava prestes a concordar com um sorriso, quando percebeu algo importante e decepcionante. Não tinham patins, logo, era praticamente impossível que o fizessem. Antes que ela deixasse sua cabeça baixar, Calem tocou-lhe no ombro.
— Eu dou um jeito nisso.
O rapaz puxou sua mochila e foi de encontro a uma turma de garotos fazendo uma rodinha de patinação. Parou na frente deles — quase foi atropelado, é claro, o que fê-lo ter um semi-ataque cardíaco. — e perguntou se podia ter aqueles sapatos esquisitos. Recebendo uma resposta negativa, não hesitou em tirar um bolo de notas de dinheiro e jogar no meio da rodinha. Os jovens se amontoaram e encararam a absurda quantia e começaram a gritar, eufóricos, tirando os patins sem qualquer resistência.
Calem pegou os patins — após vestir suas luvas, é claro, porque nunca se sabe onde passaram os pés de alguém—, e levou até Serena e Charlie, vendo a prima saltar no mesmo lugar com empolgação. Charlie, por outro lado, o encarava com total surpresa e reprovação.
— Você deu tudo aquilo de dinheiro por três pares de patins?! ELES DISTRIBUEM DE GRAÇA EM LUMIOSE!
Calem parou um pouco para refletir.
— Não culpe meus meios, Charles.
A menina, enquanto isso, já vestira os sapatos com rodinhas. Quando tentou levantar, entretanto, deslizou o suficiente para voltar ao chão com uma queda. O processo se repetiu algumas vezes, até que Charlie decidisse ajudá-la a se levantar. Não ficando atrás, também vestiu seu par de patins, e ambos tentaram se equilibrar juntos, à medida que Calem limpava os seus antes de calçá-los.
Depois de algumas quedas, Charlie conseguiu levantar-se, mesmo que precisasse se apoiar em uma barra de metal ao lado. A loira aproveitou para permitir que ele a ajudasse, e ambos ficaram de pé, segurando na barra.
— O que faremos agora? — perguntou Charlie.
— Vamos pra frente! — respondeu Serena, decidida.
O menino lhe diria que era uma ideia com destino fixo a mais uma queda, porém, não estragaria aquele momento de euforia de Serena, depois de imaginar que nunca mais a veria tendo mais um. Concordou com a cabeça e ambos fizeram uma contagem regressiva. “3...2...1...”. Os dois se impulsionaram, empurrando a barra, e foram na mesma direção. Em um dos curtos instantes que conseguiram não cair, Serena chegou a pegar na mão de Charlie, o que provavelmente foi o motivo pelo qual ambos tropeçaram juntos em seguida.
Charlie foi ao chão primeiro, enquanto a garota caiu sobre ele. Ele a segurou, e a ouviu dar risada. Que risada gostosa. Àquela curta distância, conseguia sentir o cheiro dos cabelos louros dela. Um cheiro doce e aconchegante. Suas mãos lisas tocavam-lhe os braços de maneira singela e inocente. Ela levantou a cabeça, deixando-os a curtos centímetros de distância, para que ele pudesse ver aquelas lindas safiras em seu rosto. Os lábios não estavam tão longe. Será que conseguiria alcançá-los, de lá?
Eles permaneceram ali. Serena não sabia o que deveria fazer — e nem como fazer. —, mas algo dentro dela dizia-lhe que alguma coisa precisava acontecer. Seriam as batidas fortes de seu coração sincronizadas com o de Charlie? Ou então o arrepio que sentia enquanto ele a segurava pelos braços com firmeza? Ou o olhar esverdeado do rapaz, que a fitavam bem no fundo dos olhos?
— Limpos! — exclamou Calem, aproximando-se deles com um par de patins nas mãos. — Finalmente, estão limpos!
Ambos levantaram em um pulo, corados, enquanto Calem agia com completa normalidade. Talvez não os tivesse visto, pois caso contrário, já estaria dando um chilique. Agora já conseguiam ficar em pé sem tanta dificuldade, embora não estivessem exatamente acostumados com a atividade.
— Acho que essa não deve ser sua praia, Calem, exige bastante coordenação motora. — ponderou Charlie, vendo o amigo vestir os patins.
Calem segurou em uma barra de ferro para se levantar e elevou o corpo, ficando de pé um pouco trêmulo. Em seguida, deu um impulso e fez uma trajetória retilínea, até virar uma pirueta no meio do caminho e terminá-la de costas.
— Nossa família tem uma pista de patinação no gelo, Charles. — disse Calem com um sorriso de vitória.
...

Serena ainda tinha um ar frio e assustado nos olhos. Ela trocava o foco do olhar constantemente, como se cada mínimo barulho que surgisse fosse alguém prestes a feri-la. Senti-me na obrigação de ficar ao seu lado, tentando transmitir o pouco de segurança que eu realmente não tinha. Estávamos sentados no topo de um morro. A pista de patinação estava um tanto distante, e os majestosos portões de entrada para Lumiose pareciam ainda menores. Por trás deles, os prédios altos e a linda e enorme Torre Prisma.
Larvitar treinava atacando um rochedo. Desde os acontecimentos anteriores — pobre Pokémon atropelado — não conseguia me sentir tão mais amedrontado para com ele, ou qualquer outra criatura não-humana. Era estranho, porque eu deveria ter sentido ainda mais repulsa. Mas não, eu queria protegê-lo.



Charlie apreciava a brisa um tanto gélida, até que a curiosa sensação de estar sendo observado chamasse mais a atenção. Virou-se discretamente, até se deparar com uma criatura felpuda e cinzenta, com olhos enormes, a poucos centímetros de distância de si, o fitando com seriedade.
— Princesa, você precisa fazer esse bicho parar com essas coisas. — disse o garoto, após soltar um grito de susto.
— Mary, o que eu falei sobre assustar os outros?  — disse a menina, puxando o Pokémon para perto de si, que permanecia com a mesma expressão estática de sempre.
— Acho que ela se cortou, coitadinha, os pelos estão meio manchados de sangue. — observou Calem.
Os três Pokémons de Charlie estavam soltos, parados em um canto, um tanto isolados. O rapaz ficou a fitá-los, um tanto perdido em seus pensamentos.
— Eu achei que tinha perdido eles. — comentou Charlie, baixo. — Eles não eram exatamente meus, mas… Vocês entendem?
— Na verdade não. — comentou Calem, sendo repreendido por Serena com uma cotovelada.
— Esses Pokémons sabem o que é viver nas ruas de Lumiose tanto quanto eu. — ele ignorou o comentário anterior. — É uma longa história… Que bom que os encontrei novamente.
Serena baixou o olhar, focando em seu Pokémon.
— Você pode contar para a gente, se quiser…
Ele a olhou, sem reciprocidade. Não era do tipo que contava histórias do seu passado, especialmente em uma época tão inoportuna como aquela. Calem o olhou de lado discretamente, dando a entender que ele não aprovava a ideia. O moço então apenas ficou em silêncio, de forma que o som ambiente era apenas a única coisa que ouviam.
 — Serena, vamos fazer uma batalha. — disse Calem, por fim.
A menina finalmente levantou o olhar, um tanto assustada. Seu primo fico de pé, confiante. Aparentemente Larvitar ouvira a sugestão, e parou um pouco o que estava fazendo. Entretanto, Calem puxou uma outra Pokébola do bolso.
— Vamos lá, faz tempo que isso não acontece. E eu preciso estar pronto para o próximo ginásio, não é?
Ela concordou, com um sorriso pequeno. Soltou Flabébé e se colocou de pé, para que ambos caminhassem até certa distância do garoto. Charlie ajeitou-se em seu lugar e colocou as mãos em volta da boca, em uma concha, como se tentasse amplificar o som de sua voz:
— E agora está prestes a dar início uma das batalhas mais aguardadas de todos os tempos… — gritou, vendo os dois primos o encararem. — De um lado, — apontou para a menina — a garota de Kalos mais bonita, mais inteligente, mais doce, mais…
— Vamos logo com isso, Romeu. — interrompeu-o Calem.
— E do outro, o maior estraga-prazeres mau-humorado de Kalos. — falou sem qualquer entonação.
Serena deu o comando para Flabébé, que avançou um pouco, pronto para a batalha. Calem puxou novamente a Pokébola do bolso e a lançou para a frente desengonçadamente, fazendo, após o envoltório de luzes brancas, uma criatura vermelha com formato písceo e detalhes dourados em si.

O Magikarp instantaneamente caiu no chão e começou a se debater. Charlie e Serena se entreolharam.
— Vamos, peixe, eu sei que você consegue! — incentivou Calem.
Charlie suspirou.
— A criatura passa a vida inteira estudando pra depois achar que um peixe vai nadar em terra firme. — comentou, baixinho.
Calem, sem ouvir, encheu o peito de confiança, estendendo sua mão ao comandar:
— Peixe, Splash!
O Magikarp começou a se debater ainda com mais intensidade, quase saltando do solo. O movimento, que mais parecia uma dança, não chegou a atingir o adversário, de forma que a menina ficasse intrigada.
— Isso foi um ataque…? — indagou ela.
— Não sei, mas eu adorei quando descobri que ele faz isso! — exclamou o garoto.
Charlie começou a gargalhar alto.
— De que está rindo, Charles?
— De nada, desculpe. — falou, limpando as lágrimas. — Continue, está no caminho certo para ser um mestre Pokémon.
Calem virou o rosto, sem se importar com o comentário. Serena agora era quem comandava seu Pokémon, confiante:
— Use o Vine Whip, Flabébé!
O Pokémon fechou os olhos e concentrou sua energia no solo, fazendo vinhas finas se levantarem e golpearem o peixe. Fadas eram conhecidas por sua harmonia com a natureza, logo, ataques do tipo Grass eram comuns, especialmente para aquela espécie.
Os chicotes, apesar de finos, fizeram grande dano em Magikarp, que apenas repetiu o ataque anterior, voltando a se debater. Flabébé, por sua vez, também repetiu o golpe, causando graves danos e derrotando o Pokémon de Calem. Charlie levantou uma mão para o lado de Serena.
— A vencedora é a princesa Serena! — anunciou.
Calem fechou a cara por um momento, mas logo amaciou, percebendo que pelo menos sua prima havia ficado mais contente após a curta batalha. Cada vez mais percebia que o plano de se tornar um treinador bem sucedido estava realmente distante. Era como se algo tão simples ao mesmo tempo fosse imprevisível. Isso, apesar de um pouco deprimente, o incentivava.
A garota ajoelhou, estendendo as mãos. O pequeno Pokémon flutuou até ela, parando entre as mãos abertas, um tanto tímido. Desde sua captura, Serena havia conquistado mais sua confiança, apesar de ainda ser um pouco incerto com relação às pessoas.
— Você fez um ótimo trabalho em nossa primeira batalha juntos, obrigada. — e sorriu.
O Pokémon permaneceu a observando. Assim como os demais de seu tipo, também era fortemente ligado às emoções, e provavelmente conseguia ver como a menina se sentia. Com esse pensamento em mente, Serena o fez retornar para a Pokébola.
— Você foi muito bem. — disse Calem, aproximando-se da menina. — Para uma não-treinadora, digo.
A menina sorriu.
— E você não foi muito bem. — respondeu ela, rindo. — Para um treinador, digo.

...

Conforme a tarde passava, o trio e os Pokémons de Charlie começaram a se aproximar da próxima cidade. Sentiram um alívio, de certa forma, ao descobrirem que Camphrier Town era uma cidade histórica, um pequeno conjunto de vilarejos, portanto completamente diferente da agitação de Lumiose. Ao fim da rota conseguiriam alcançar a entrada.
Apesar de algumas cidades de Kalos acompanharem os avanços tecnológicos, outras eram preservadas ao máximo, uma vez que o continente possuía grande parte da história do mundo Pokémon. Camphrier era um exemplo. Era envolta por um muro alto, uma vez que em épocas passadas, onde a guerra predominava, eram importantes para proteger cidades contra invasões.
Serena, como de costume, ficou alguns momentos ponderando a imagem da bela cidadezinha. Calem também se interessava, pois sabia a importância histórica daquele lugar. Mesmo Charlie parecia mais contente por fugir um pouco dos problemas da cidade grande.
— Vamos logo fazer nossas reservas no Centro Pokémon. — avisou Charlie, olhando para baixo para conferir se seus três Pokémons ainda o acompanhavam. — Aqui ele é pequeno, os quartos podem acabar logo.
Antes que dessem mais um passo, Calem gritou:
— ESPEREM AÍ!
O garoto ficou encarando um mapa que jazia em sua mão, tremendo. Seus olhos pareciam começar a lacrimejar, enquanto os joelhos abaixavam, quase tocando o chão (Ao lembrar que o chão era sujo, Calem levantou novamente). Ficou com o dedo fixo em um ponto, tentando conseguir vencer a vontade de chorar para falar.
— Cal, o que aconteceu? Você está me assustando!— perguntou ela, indo olhar, vendo que o primo sequer conseguia pronunciar qualquer palavra. Ao olhar para onde ele apontava no mapa, leu: — “Hotel Camphrier”.
— Chega de dormir em camas de hospital que todas as crianças do mundo dormem. Chega de dormir em chalés velhos. Chega de dormir no mato. — ele falava, tremendo. — EU VOU DORMIR NUMA CAMA RECÉM-ARRUMADA HOJE MESMO!
Antes que pudessem falar qualquer coisa, Calem começou a correr como nunca na vida.

...

Serena abriu a porta do quarto, discretamente. Quando abriu, encontrou novamente a visão do quarto de hotel que vira alguns momentos antes. Um visual higiênico e ao mesmo tempo aconchegante — tudo o que Calem mais desejaria. Tinha em seus braços Espurr, e uma sacolinha presa em uma das mãos.
— Onde está o Calem? — indagou, um pouco ofegante.
— Tomando banho. Ainda. — respondeu Charlie.
O rapaz até então estava sentado na cama, mas se levantou para ficar mais próximo da menina. Antes que ele chegasse mais perto, ela deu um passo involuntário para trás. Ficaram um momento em silêncio e ela, percebendo o que fez, deu um passo para a frente mais uma vez.
— Fiquei preocupado que você saiu sozinha.
— Não tem problema, eu fui correndo. — ela sorriu, respirando ainda ofegantemente. — E a Mary estava comigo.
Ela colocou a Espurr no chão por um momento, e pegou a sacolinha.
— Eu estava precisando de alguns suprimentos. — puxou duas Pokébolas comuns e as entregou para Charlie. — E comprei isso pra você.
Ele ficou observando as esferas, desconfiado.
— Você comentou que não capturou exatamente a Litleo e o Skiddo. Agora você não precisa mais carregar eles, pode levar na Pokébola. — ela sorriu, inocentemente. — Só não comprei uma para o Thanos porque ele não gosta da ideia de morar em uma, segundo você.
Charlie pegou as Pokébolas e as ficou as observando por um momento mais longo que gostaria. Tinha medo de encarar de volta os olhos de Serena, mas o fez, e viu o que imaginou que veria: O olhar inocente e compassivo da menina. Ela não estava brava, afinal. Os mil cacos em que se despedaçou puderam ser unidos, pelo menos dessa vez.
— Não posso aceitar. — respondeu. — E me desculpe por…
Ela tocou o lábio do garoto com o indicador, o interrompendo.
— Esqueça isso. — falou. — E aceite o presente.
Ele pegou as Pokébolas, sem saber ao certo como agradecer.
— Um dia eu vou retribuir. — falou. — Por tudo.
Ela sorriu, contente.
— Eu sei.
Nesse momento, Calem abriu a porta do banheiro, envolto por um roupão branco tão espesso que o fazia parecer um Beartic. Estava com uma expressão de total satisfação, o que já fazia algum tempo que não acontecia. De dentro do banheiro saiu uma espessa camada de vapor que enevoou o quarto inteiro.
— Que droga, não tenho nenhum Pokémon com Defog. — resmungou ironicamente Charlie.
— Após um duro pedaço de jornada, finalmente poderei me restabelecer em um lugar próximo de uma casa decente, com… — ele parou de falar ao notar os Pokémons de Charlie deitados na cama onde ele dormiria. — O QUE ESSES COISOS EMPULGADOS ESTÃO FAZENDO NA MINHA CAMA?
Charlie colocou as mãos na cabeça.
— Calem, foi mal, dessa vez não foi por querer. — ele desculpou-se, usando as novas Pokébolas para fazer os Pokémons saírem de lá. Thanos desceu da cama sozinho.
O garoto se aproximou da cama, vendo uma mancha preta de sujeira onde cada um dos Pokémons havia se deitado.
— Eu não acredito! Vou ter que dormir em uma cadeira forrada de novo! — praguejou ele.
Charlie começou a puxar as cobertas sujas.
— É só a gente mandar lavar e…
Naquele momento levou um golpe que o derrubou, sem sequer ver de onde tinha sido atingido. Quando se virou, percebeu a assustadora figura de um Calem de roupão com um pé sobre ele, e um travesseiro em mãos, como uma arma.
— Ahh, Charles, você sempre sendo um empecilho na minha vida. Eu já falei o quanto eu o odeio?
— Eca, você não está usando nada por baixo do roupão. — disse ele, tapando os olhos.
Calem tirou a perna de cima de Charlie, envergonhado, em seguida o golpeando novamente com o travesseiro. Serena tampava a boca evitando rir da cena.
— E você está rindo do quê, menina? Você sabe que é tudo culpa sua eu estar aqui, né? Eu te odeio também, vem aqui levar traveseirada! — resmungou ele, tentando acertar a menina com o travesseiro, levando agora um ataque de Charlie. — Ei, não vale me acertar, eu tenho alergia.
Charlie e Serena riram, cada um com um travesseiro em mãos, tentando se acertar. Após alguns minutos de briga, os dois caíram na cama, e Serena os prensou com seu travesseiro, tentando fazer força. Ela gargalhava, como não fizera nos últimos tempos. Uma risada maravilhosa e espontânea, e olhos tão brilhantes como os de uma criança em sua primeira guerra de travesseiros.
Calem e Charlie se entreolharam, sorrindo, como quem cumprira uma missão.
— Uma pena que você me odeia, — disse ela. — porque eu amo vocês! 

    

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  1. Fazia tanto tempo que eu tinha lido a fic que decidi voltar todos os capítulos desde o prólogo para ler este capítulo com propriedade. Com base nisso, devo dizer que estava morrendo de saudade da chatice do Calem, da doçura da Serena e da simplicidade do Charlie.
    É bom ver como você foi coerente em trazer os personagens da forma certa após os acontecimentos do capítulo anterior. A essência deles continua a mesma, é algo característico, não vai mudar, mas é claro que todos os eventos pelos quais passamos em nossa vida nos moldam e vão interferir nas nossas atitudes.
    Foi um capítulo bem simples, mas também muito gostoso de se ler. Gosto de como você se preocupa em não deixar os fatos atropelados. Eles precisavam de um tempo para começarem a se restabelecer e voltar à rotina. Também aprecio essa expectativa para o primeiro beijo da Serena e do Charlie e como há todo um contexto que faz tudo se encaixar. A sua escrita consegue evidenciar muito bem os seus personagens e seus diálogos são bem fluidos, tudo se passa bem naturalmente.
    Obrigado por mais esse capítulo e estarei na espera do próximo! <3

    Obs.: Relendo os capítulos, vi que o prólogo foi lançado a dois anos atrás, de presente de dia das crianças.

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    1. Hey Anônimo!
      Poxa, eu não tinha assimilado a data, mas quando você comentou, veio uma enxurrada de memórias. 12 de Outubro, bem no dia do lançamento dos jogos e dia das crianças.... Que nostalgia. kkkkk
      Agradeço pelos elogios, espero conseguir continuar mantendo esse ritmo de escrita então! Talvez para alguém que leia o capítulo 12 e o 13 seguidos não tenha algo tão importante, mas para aqueles que tiveram que esperar tanto tempo pela continuação acho que faz certo sentido retomarmos com um pouco de tranquilidade. Muito obrigado pelo seu comentário, espero estar trazendo o capítulo 14 o mais breve possível!!

      Até mais :D

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  2. algum dia eu vou parar de chegar atrasada pra leitura? who knows /q
    enfim
    fora do perigo FINALMENTE DEUS É PAI NÉ meus bbs agradecem t-t
    lindo quando o clima dá um match com teu estado de espírito, acho a+
    Ou será que ela apenas enxergava as coisas tristes porque era assim que se sentia? > ainda tem isso, quando a gente tá na bad tudo tem um tom de bad >>:
    MDS A SERENA VAI ACABAR DESENVOLVENDO PTSD I'M NOT READY FOR THIS Ç_Ç
    CHARLIE OUTRO BB TÃO SOFRIDO
    MDS PQ A VIDA É TÃO MÁ COM MEUS FILHOS
    CHEGA Ç_Ç
    Ele moveu o braço lentamente para se aproximar dela, que afastou o braço dele com um tapa, por impulso > FAZ DE CONTA QUE EU NÃO TO CHORANDO QUE EU NÃO TO LARGADA NO CHÃO
    CHARLIE TÃO PRECIOUS DEVE ESTAR TÃO CHEIO DE CULPA MDS NÃO BB NADA FOI CULPA TUA Ç_Ç
    AQUELAS MALDITAS PESSOAS
    A SERENA
    PENSANDO ALGO ASSIM
    EU TO MORTA
    DE BOAS AQUI NO MAGMA
    Tão fraca, tão trêmula, que não era Serena > TERMINA DE ME ESFAQUEAR MESMO, EU JÁ NEM TINHA TOMADO MIL TIROS
    pior que vero não é "se" é "quando" pq certeza que cês voltam FAÇAM-ME UM FAVOR DE JÁ TEREM CAPTURADO O YVELTAL PRA DAR ÀQUELA CRIATURA O QUE MERECE VLW FLW
    ela toda assustada pelo contato NÃO CARA e ele sem saber como fitá-la diretemante CHEGA I QUIT Ç____Ç
    E, de fato, nada acontecera para elas > "nós achamos que esse tipo de coisa só acontece aos outros" "nós somos os outros dos outros"
    eu to numa pl aleatória nada a ver mas a música que tava tocando meio que combinou e EU TO SOFRENO
    E MDS CALEM NÃO DESCONTA NO CHARLIE NÃO FOI CULPA DELE PFVR Ç_______Ç

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    1. eu disse que lumiose não era lá essas coisas melhor ficar no mato mesmo who cares about cities /q
      Aos poucos as energias de Serena retornavam ao estar em contato com a natureza, diferente do estresse das cidades > SERENA TÃO MINHA FILHA AFFS <3 <3 <3 (MAS TAMBÉM PLS NATUREZAAAA <333 )
      indeed CADÊ MINHA OUTRA FILHA ela com certeza conseguiria fazer uma festa mesmo nessa situação
      MDS COMASSIM O CHARLIE TÁ CARREGANDO AQUELES TRÊS NUMA MOCHILA????????????
      — Você carrega um kit de sobrevivência na sua > indeed
      btw pausa pra UMA INTERAÇÃO DE BOAS ENTRE CALEM E CHARLIE
      ISSO VAMOS DEIXANDO OS TRAUMAS E AS TRISTEZAS PRA TRÁS PFVR KEEP IT UP
      os patins *^^^* algo que com certeza vai animar o grupo <33
      pera comassim serena não conhece nem o que é patins mds
      Pela primeira vez nos últimos dias, Serena voltou a dar seu sorriso de empolgação > TO CHOROS
      ISSO
      MINHA FILHINHA
      VOLTANDO A SER TODA INNOCENT AND CURIOUS!!!! AND HAPPY!!!
      THIS IS SO IMPORTANT!!!!
      ELA SALTITANDO DE ALEGRIA
      MDS CHOROS
      SÉRIO EU TO CHORANDO MESMO
      PFVR ARCEUS DEIXA ELA SEMPRE ASSIM
      Serena, obviamente, permitiu que seus olhos recuperassem o brilho ao se deparar com aquele exercício tão diferente do que estava acostumada > EU TO BEM MUITO BEM AKLDSNALDSANSNDJSANDALJEU YESSSSS
      gente como é mara ser ryyyyco ele chega com um bolo de notas e joga pro alto e tá de boas
      migo fod-se o free tu quer voltar pra lumiose?? ah tá pensei
      ELA APRENDENDO A PATINAR
      O TRIO TODO IN FACT
      AFFS SIM VOLTEM AO NORMAL A ESSE ADORÁVEL NORMAL PFVR NUNCA TE PEDI NADA
      SIM REALMENTE VAMOS PRA FRENTE CONTINUEMOS ASSIM SÓ SEGUINDO EM FRENTE
      Em um dos curtos instantes que conseguiram não cair, Serena chegou a pegar na mão de Charlie > E MEU CORAÇÃO DEU UNS CINCO PULOS MAS TO DE BOAS DMANSLDKNSADNASD
      A SERENA RINDO
      RINDO!!!!!
      AQUELA RISADA PURA E BELA
      RINDOOOOO
      DEUS É PAI NÃO É PADRASTO
      E MDS ESSE MOMENTO CHARLENA AKNSDLAKNDASLKDNASLKDNASLKDNAKNAKDNLJENAKE
      EU TO PASSANO B EM MUITO BEMN NANSDJSANDLJSAASDNSAKDSALDK
      affs calem cê não podia passar mais uma camada de álcool nos seus patins não affs migo
      NOSSSS CALEM OWNOU LINDAMENTE EIN até te desculpo por ter quebrado o momento do otp /q
      aimds a quem eu quero enganar claro que a serena vai passar um bom tempo olhando pra todo canto T^T
      NÃO É ESTRANHO NADA CALEM
      NÃO TENHA REPULSA NUNCA MAIS
      OLHA COMO É LINDO O MUNDO DESSAS CRIATURINHAS <33
      A MARY AHSDASUDHASUDASHUDAHSD AI ADORO <33
      — Acho que ela se cortou, coitadinha, os pelos estão meio manchados de sangue > migo..... algo me diz que o sangue não é dela.....
      to tão ansiosa por quando a backstory dessa squad linda vier sÓ TACA ISSO NA MINHA CARA
      PODE CONTAR MESMO (btw mds a serena toda aberta ao diálogo e a ajudá-lo mesmo sabendo que ouvir histórias dele lembrará certo alguém que quer esquecer EU TE AMO TANTO MINHA FILHINHA PRECIOUS)
      o calem pedindo uma batalha por iniciativa própria WOWOWOOOOW
      SENHOR PEIXE ASHDSAUDSAHUDUSAUD dsclp sempre vou lembrar ele eufórico falando isso
      o charlie de narrador asdhasudhasudashudashud E O OTP E ESSE THIRD WHEEL ESTRAGANDO ASHDAUSDHASUD
      A criatura passa a vida inteira estudando pra depois achar que um peixe vai nadar em terra firme > EU TO ME ACABANDO DE RIR ASDHAUDHASUDSHAUDASHDUSAH CHARLIE TE AMO
      ADOREI QUANDO DESCOBRI QUE ELE FAZ ISSO AHDSAUDHSAUDHSAUDSHADUSAHDUASHD MDS TO CHORNO
      tão fofinho o vine whip sendo descrito <3333 amei <33
      ELA AGRADECENDO AO POKÉ PELA BATALHA
      AFFS ELA É TÃO FOFINHA TÃO PRECIOUS TO ROUBANDO ELA PRA COLOCAR NUM POTINHO E NENHUM MAL ATINGI-LA

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    2. Camphrier <333 (e amo tanto como kalos tem um ar todo histórico affs continente maravilhoso demaaaais <3 )
      okay começou outra música que deu bastante relate com o angst do início do cap MDS QUE QUE TO FAZENDO DA MINHA VIDA OUVINDO UMA PL ASSIM
      O CALEM TENDO UM TRECO PQ TEM HOTEL ASDHSAUDHASUDASHUDSAHDUASHD AI CÉUS ADORO ESSE MOLEQUE
      MDS ELA AINDA ARREDIA COM TOQUE E APROXIMAÇÃO
      E INDO CORRENDO
      VOLTEI PRO CHÃO
      TÁ BEM CONFORT[AVEL
      ELA COMPRANDO PRESENTE PRA ELE PENSANDO NELE E NOS POKÉS DELE AKSDNADNSADNSADALNUEDEAU EU AMO TANTO ESSA MENINA MDS
      Os mil cacos em que se despedaçou puderam ser unidos, pelo menos dessa vez > EU TO CHORANDO TANTO
      SÉRIO
      SÓ NÃO SEI SE É FELICIDADE PELOS CACOS UNIDOS
      OU MEDO PELO "DESSA VEZ"
      SÓ SEI QUE TO CHORANDO
      O CALEM SAINDO DO BANHO E VENDO OS POKÉS DO CHARLIE EM CIMA DA CAMA ASDHAUDAHSUDHASUDHASDUASHDUASDHASUD TU É MUITO AZARADO CARA SDHAUSDHAUDA
      MDS A BRIGA DE TRAVESSEIRO
      E A SERENA RINDO
      GARGALHANDO
      G A R G A L H A N D O
      MY PRECIOUS CHILD IT'S SOO GREAT SO SEE YOU AGAIN
      btw, posso dar rt em tudo que o anony disse? tua escrita é maestral mesmo, tão sensível e fiel ao que cada personagem está passando <3
      (e mds esse coment deve ter ficado enorme (0 regrets))

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    3. Nem se preocupe com o tamanho do comentário, Anne, você sabe que eu adoro eles desse jeito hauehaeuah
      Algo me diz que você vai gostar bastante de Camphrier nos próximos capítulos. Na verdade, agora que passamos Lumiose, vamos seguir só pela natureza ou cidades menores, então imagino que você vai curtir kkkkkk Agora é hora de voltar para nossa aventura como ela era, com os roubos do Charlie, a inocência da Serena e... A Calemzisse do Calem kkkkk Infelizmente, como nem tudo são flores, um dia ainda retornaremos para Lumiose e não parece que vai ser coisa bonita (risada maléfica). Poooorém, ainda temos um bom temp até lá, certo? Vamos tentar aproveitá-lo para capturar o Yveltal mesmo, porque acho que vai ser o jeito HAUEHAUEHUAH E sobre músicas que combinam com a leitura: Ótima maneira de destruir os sentimentos, apenas, especialmente quando não são cenas muito alegres.
      Abraços, Anne \o

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  3. Haos,valeu a pena por todo o tempo de espera para ler este cáp,ficou muito bom,e Calem,cuidado quando for descer uma pernada de toalha nos outros,vai que o oponente é do outro lado da força!Agora,deixe-me derramar algumas lágrimas no blog:

    Cara,a yen press licenciou Overlord!Agora não posso mais ler fan-translations semanais no skythewoodtranslations!Buááááááá´´aáááááá´´aáa!

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    1. Hey, Sir õ/
      Acho que agora o Calem vai pensar duas vezes antes de ficar em um ângulo "visível" quando estiver de toalha/roupão. Ou não, quem sabe?
      ( ͡° ͜ʖ ͡°) HAUEHAUE
      Brincadeiras à parte, fico feliz que a espera tenha sido compensada! Que venham os próximos capítulos!

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  4. Estava sentindo saudades dessa incrível jornada. Haos, se não se lembra de mim, eu comentei apenas uma vez aqui para te dar um sermão por estar demorando demais de sair os capítulos, ainda estava no capítulo onze, você me respondeu e em menos de uma semana saiu o capítulo doze, que foi muito bom, mas me fez sentir muita raiva. Mas adivinha o que você fez depois, isso mesmo ficou de hiato por quase um ano, mas graças a deus, você voltou com essa historia maravilhosa. Já estava preocupado que tinha desistido, fico feliz que não. E não se preocupe não ficarei enchendo o seu saco de novo para mais capítulos sei que demoram para escrever, só peço que mesmo que demore, continue a escrever essa fanfic linda e maravilhosa até terminá-la. Sobre o capítulo, eu gostei bastante, foi bem levinho comparado ao anterior, na verdade qualquer outro capítulo até agora foi bem levinho comparado ao doze, mas o capítulo ficou muito bom, deu um alivio depois dos últimos eventos. Também foi um bom capítulo como um retorno depois de todo esse tempo sem capítulo. Como eu adoro esses personagens, Serena sendo fofa e inocente, Charlie sendo engraçado e divertido e o Calem, para mim o melhor personagem, sendo o Calem, estava sentido falta desses personagens. Depois de ter lido o capítulo senti nostalgia, me dando vontade de ler tudo novamente, acho que irei reler, vai ser bom para refrescar a mente. Que bom que voltou a escrever, mas por favor não demore mais um ano, ou quase isso, para terminar o próximo capítulo, se demorar, tudo bem, contanto que não abandone Kalos. Agora me pergunto qual será o rumo que a historia tomará, acho que Camphrier não afetará tanto os protagonistas como Lumiose, mas tenho um pressentimento que será um ponto de muito importância para historia. Será que meu pressentimento estará certo?

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    1. Hey Zoroark!
      Me lembro sim, cara, inclusive pensei no seu comentário durante essa longa pausa que fiz. Falei que ia tentar levar menos tempo, e no final acabou não rolando... Mas garanto que dessa vez não vou exagerar. Como falei, já tenho o esboço do capítulo pronto, preciso mesmo é ir desenvolvendo ele. Ultimamente o tempo tem estado um pouco mais apertado, por causa do fim do ano e dos vestibulares chegando... Mas assim que tiver uma brechinha vou aliviar a cabeça e escrever um pouco. HAUEHAUE Quanto à desistência, não se preocupe, eu realmente tenho um carinho extremamente especial por Kalos. Mesmo que a inspiração não chegue, ou que eu esteja em uma época muito inspiradora, eu gosto da história, e principalmente fico feliz de saber que posso contar com leitores como você, e isso me motiva. Não sou muito eficiente, mas prometo que o que faço é de coração kkkkkkkkkkkkk
      E o capítulo foi o que você falou mesmo: um retorno leve.Os personagens estão retornando à aventura, mas nós também estamos. Agora iremos para Camphrier, que realmente terá sua relevância. Mas, ainda assim, teremos um tempo para que nossos personagens sejam simplesmente nossos personagens. Lumiose foi um pouco densa, focamos mais em acontecimentos. Agora os holofotes voltam para o trio!

      Obrigado pelos elogios e pelo comentário, Zoroark! Até mais!

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  5. Não é de se surpreender que depois do Capítulo 12 você precisou de um longo intervalo da escrita. Foi um acontecimento tão chocante que pra voltar no 12.5 e o 13 você também precisou de um tempo para retomar o ritmo da jornada kkkkk Me encanta como essa ainda é a essência de nossas fics de Pokémon, saímos de um evento que marcou para sempre a vida dos personagens e no outro eles já estão com os pés de volta na estrada. Claro, ficam as cicatrizes, mas gosto de ver a maneira como a Serena tem recebido todo esse cuidado para se reconstruir e cuidar dos pedacinhos que ficaram. Ela tem amigos incríveis, cara. É bom demais ver esses três juntos numa briga de travesseiros!

    Vou te contar, a briga do Flabébé com o lendário PEXY foi épica kkkkkkkk Mano, fala sério, batalhas no começo de jornada são muito chatas. Às vezes eu até esqueço que você precisa passar dos ginásios e tudo o mais, Kalos me parece mais uma aventura sobre a vida do que uma jornada Pokémon kk Mas é bom ver que você não perdeu a mão de uma boa batalha, é sempre importante colocar uma ou outra no meio pra não parecer um livro de drama disfarçado de Pokémon (falou o cara que transformou Sinnoh num Dragon Ball meio Game of Thrones medieval haha)

    E outra, mesmo que você tenha tido esse intervalo de 2014 para 2015, sua escrita permaneceu com a mesma essência, e isso é o mais importante. Recebeu uma lapidada, claro, mas se pensarmos que nessa época você estava cursando vestibulares e tudo o mais, fico feliz em ver que você ainda conseguiu trazer um capítulo novo vez ou outra! Que Kalos continue sempre assim, pronta para trazer um sorriso no rosto dos leitores. Já falei que amo seus três protagonistas? kkkkk

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    1. Nem me fale dessas batalhas de começo de fic, cara, porque eu também sempre acho elas super chatas! HAUSDHAUSDH Mas faz parte, né, eu às vezes me preocupo tanto com o enredo dos personagens, as tramas e relacionamentos, que até penso que fugi demais do rumo de fic de Pokémon. Sempre tento trazer com uns detalhezinhos daquele universo mágico pra gente não esquecer aonde está, mas não minto que gosto mais de trabalhar com essa própria questão da vivência dos personagens que com as batalhas propriamente ditas... UAHSDUASHD

      E fico feliz que a escrita manteve certa uniformidade, cara. Como levei um intervalo de tempo enorme entre os capítulos dessa fic fiquei com medo que tivesse tipo um abismo entre a organização de cada capítulo UAHSDUASHD Então fico mais tranquilo que não foi bem assim, que deu pra manter essa linearidade. Obrigado mais uma vez pelas palavras, fico contente que os protagonistas tenham se mantido assim, tão queridos, mesmo com o passar do tempo <3

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